Alterações nos atributos químicos do solo, cinco anos após a implantação de Sistemas Agroflorestais com manejos distintos em Pindorama, SP.

Autores

  • Caio César Zito Siqueira Instituto Agronômico, Campinas, SP.
  • Marcio Koiti Chiba
  • Maria Teresa Vilela Nogueira Abdo
  • Ruan Carnier
  • Rodrigo Santos Moreira

Palavras-chave:

Fertilidade do solo, matéria orgânica, recuperação de áreas degradadas.

Resumo

Este trabalho avaliou alterações químicas em um Argissolo, cinco anos após implantação de Sistemas Agroflorestais (SAFs), sob diferentes técnicas de plantio e preparo de solo: SAF1 (Roçadeira acoplada ao trator, plantio de árvores em covas, espaçamento 3 x 2m, 300 g de calcário, 200g de superfosfato simples nas covas, sem cultivo ou adubação nas entrelinhas); SAF2 (Herbicida, plantio em covas, espaçamento 3,5 x 2m, plantio de milho entrelinhas, 2 Mg ha-1 de calcário e torta de filtro, 300 kg de NPK 8/28/16); SAF3 (Arado, grade, sulcador, plantio de árvores no sulco, espaçamento 3,5 x 2m , plantio de milho entrelinhas, 2 Mg ha-1 de calcário e torta de filtro, 300 kg de NPK 8/28/16). O solo foi amostrado na camada 0-20 cm em 2011 e em 2016 para determinação dos teores de fósforo, potássio, cálcio, magnésio, acidez (pHCaCl2), matéria orgânica, soma de bases, capacidade de troca de cátions (CTC) e saturação por bases. Foram aplicados ANOVA e teste t 5% para os atributos químicos do solo obtidos em 2011 e 2016. Para comparação entre os tratamentos analisados em 2016 foi incluído como referência um fragmento de floresta próximo ao experimento e aplicada ANOVA e teste de Tukey 5%. A cobertura vegetal e o aporte de matéria orgânica nos SAFs proporcionaram aumento nos teores de matéria orgânica, fósforo, CTC, soma de bases, cálcio magnésio em todos os tratamentos, destacando o preparo de solo com uso de grade e arado, que contribuiu para a diminuição da acidez do solo no SAF3.

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Publicado

2015-12-15

Edição

Seção

Agroecol 2016 - Manejo de Agroecossistemas Sustentáveis

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