Jornada Agroecológica do Amazonas

O IFAM CMZL em conjunto com projeto Transição Agroecológica estarão realizando as Jornadas Agroecológicas neste final de ano e no ano de 2015. Com foco na troca de conhecimentos sobre a agroecologia, buscando uma nova perspectiva de humanidade com qualidade de vida no campo e na cidade acontece entre os dias 12 e 13 de dezembro, a Jornada Agroecológica do Amazonas, no Comunidade São João do Araçá, localizado no município de Itacoatiara.

Apoiado pelo Curso Superior de Agroecologia do IFAM, o evento traz na sua programação espaços para diálogos por meio de troca de sementes, oficinas que esse ano aborda os sistemas agroflorestais, horta orgânica (toda a preparação), compostagem e economia solidária, além de discussões acerca do ecossistema várzea e terra firme.

Segundo um dos organizadores do evento, a professora Francisneide Lourenço do IFAM, um dos temas abordados no evento é a questão da valorização do saber cabloco. Na comunidade existe um trabalho contínuo de trabalho em mutirão.

A perspectiva é que participem da III Jornada Agroecológica cento e vinte pessoas de comunidades e grupos estudantis de escolas e universidades.

Comunidade São João do Araçá

Os agricultores da comunidade São João do Araçá compõem uma população de resistência à influência do sistema capitalista hegemônico do agronegócio no que se refere ao uso da terra e ao manejo de seus recursos naturais. O extrativismo é praticado de forma a atender somente às suas necessidades básicas; a caça, a pesca, a coleta dos recursos vegetais extrativistas, como madeira para lenha e para construção de casas, os remédios e os alimentos são retirados em quantidade suficiente para uso da família em primeiro lugar, e uma pequena parte de alguns produtos são comercializados. A agricultura ainda é realizada com vistas a atender prioritariamente à família na unidade familiar, sendo comercializado apenas o excedente. Essa forma de uso da terra permite a regeneração dos recursos, especialmente do solo, visto que é utilizado o “pousio”, ou seja, o descanso do solo para recuperar sua fertilidade. A presença de capoeira madura é um indicador desse tipo de manejo, pois comprova que o uso do solo não é intensivo e que são utilizadas pequenas áreas para agricultura. A mão-de-obra é basicamente familiar, e as relações sociais de trabalho como- mutirão, parceria e a meia permanecem fortes tanto nas atividades coletivas relacionados à comunidade quanto em suas atividades agrícolas em seus agroecossistemas.

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