Diversidade de linguagens artísticas sobe ao palco no segundo dia do CBA

Joelma Klaudia apresentou hits dançantes (fotos: Clever Sena)

O Tapiri Cultural do segundo dia do IX Congresso Brasileiro de Agroecologia foi marcado pela exibição de documentário, apresentação teatral e musical. Joelma Klaudia e o Carimbó Brasileirinhos do Guamá, fizeram todo mundo dançar.

Mas foi o documentário “Terra Cabocla” que abriu a noite. O audiovisual retrata o planalto catarinense, região com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Estado de Santa Catarina, e a cultura, os costumes e religiosidade da população cabocla do local em paralelo com a Guerra de Contestado, que ocorreu na mesmo região entre 1912 e 1916.
 Dirigido por Marcia Paraiso e Ralf Rambke, o filme apresenta as antigas comunidades da região, conhecidas como “redutos santos”, a partir das lideranças locais. Além de mostrar a luta pela terra, a desigualdade social, o abandono no patrimônio histórico que ainda é um reflexo da guerra e do descaso do poder público, o filme retrata o predomínio da monocultura da região, que gera empregos temporários e subempregos. “A gente trouxe esse tema para que os estudantes, pesquisadores, professores tenham conhecimento e para dar mais visibilidade para esta história social”, disse a professora da Universidade Federal de São Carlos, Lucimar Santiago de Abreu.

Brasileirinhos do Guamá com seu carimbó de raiz no IX CBA

Em seguida, no palco no CBA, a cantora paraense Joelma Klaudia apresentou com muito suingue uma releitura de hits dos anos 80 e 90. “É sempre uma alegria cantar para estudantes, isso aqui é um grande universo e ter esse feedback é muito bom”, afirmou a cantora. A artista, com mais de 10 anos de carreira, irá lançar um novo disco com canções de compositores paraenses em dezembro, mas irá mostrar uma prévia com um show, no dia 15 de outubro, no teatro do Centro Cultural Sesc Boulevard.

O Projeto Recicléia e o Grupo de Carimbó Brasileirinhos do Guamá, ambos de São Miguel do Guamá, no nordeste do Paraense, encerraram a noite.
Os Brasileirinhos do Guamá tocam juntos há mais de 30 anos e apresentam músicas do próprio repertório com o tradicional carimbó de raiz. E o grupo está em festa, pois o coordenador, Mestre Bené Costa, irá receber o título de mestre da cultura popular no dia 11 de novembro do Ministro da Cultura.

Rodrigo Bastos – estudante de jornalismo da Unama