Os conflitos de terra na Chapada de Apodi e a transição agroecológica no Projeto de Assentamento Santa Agostinha
Resumo
O fortalecimento do agronegócio que explora de forma insustentável, representa a negação da territorialidade camponesa e as atividades de transição agroecológicas presentes na Chapada. O objetivo do artigo é ressaltar a transição agroecológica que deriva da convivência do camponês com o semiárido. A pesquisa foi desenvolvida com base no Sistema de avaliação participativa e por DRP no Projeto de Assentamento Santa Agostinha. A organização camponesa em associação e o grupo fortalecem a transição agroecológica e o desenvolvimento local do assentamento. Tendo como principais desafios os solos pobres em nutrientes e o acesso a água para o consumo humano, tendo como alternativas para as atividades agropecuárias, técnicas de armazenar água por barragem subterrânea e culturas perenes adaptadas as potencialidades da fruticultura. Conclui-se que o fortalecimento do campesinato no NE, garante a soberania e a segurança alimentar camponesa, a biodiversidade e as sementes crioulas e nativa da caatinga.Referências
BUARQUE, S. C. Metodologia de planejamento do desenvolvimento local e municipal sustentável. Material para orientação técnica e treinamento de multiplicadores e técnicos em planejamento local e municipal. Brasília: INCRA, 1999.
CAPORAL, F. R.; COSTABEBER, J. A.; PAULUS, G. Agroecologia, matriz disciplinar ou novo paradigma para o desenvolvimento rural sustentável. Brasília, 2006. Disponível em: <http://agroeco.org/socla/wp-content/uploads/2013/11/Agroecologia-Novo-Paradigma-02052006-ltima-Verso1.pdf>. Acesso em 10 março 2015.
CARVALHO, Horacio Martins de. O Camponês, Guardião da Agrobiodiversidade. Curitiba, 2013.Disponível em http://www.reformaagrariaemdados.org.br/sites/default/files/O%20cam pon%C3%Aas,%20guardi%C3%A3o%20da%20agrobiodiversidade%20%20Horacio%20Martins%20de%20Carv lho%20-%202013.pdf.Acesso em 20 abril 2015.
DOSSIÊ DENÚNCIA. Projeto da morte – Projeto de irrigação Santa Cruz do Apodi/RN. Mossoró:2013. Disponível em < http://2013.cut.org.br/sistema/ck/files/dossie.pdf> Acesso em 28 março 2015.
Dossiê dos Perímetros Irrigados. Disponível em http://dossieperimetrosirrigados.net/sobre/ Acesso em 20 março 2015.
FERNANDES, B. M. (et al.). Educação do campo: campo, políticas públicas, educação (Vol.07). Brasília: INCRA, 2008.
MACHADO, C. T. de T. VIDAL, M. C. Avaliação Participativa do Manejo de Agroecossistemas e Capacitação em Agroecologia Utilizando Indicadores de Sustenbilidade de Determinação Rápida e Fácil. Planaltina: EMBRAPA, 2006.
PIRES, M. L. L.;Silva, A. (re) significação da extensão rural. O cooperativismo em Debate In: LIMA, Jorge R. T. (Org.). Extensão rural e desenvolvimento sustentável. Recife: Bagaço, 2003.
Projeto Bioágua. Disponível em http://bioaguafamiliar.org.br/sobre/ Acesso em 20 março 2015.
RIOS, GilvandoSá Leitão; CARVALHO,Daniela Moreira. Associações de agricultores familiares como estruturas de ensaio pré-cooperativas, 2007. XIII Congresso Brasileiro de Sociologia Recife. Disponível em <http://www.sbsociologia.com.br/portal/index.php?option=com_docman&task=doc download&gid=110&Itemid=171 Acesso em 20 abril 2015.
SILVA, Carlos Eduardo Mazzetto. Modo de apropriação da natureza e territorialidade camponesa: revisitando e ressignificando o conceito de campesinato. Revista Geografias, Belo Horizonte, 2007.
SILVA, Jucirema Ferreira da. Estudos etnopedológicos em Neossolos sob diferentes usos agrícolas no Assentamento Santa Agostinha, RN. 2015. 78 f. Dissertação (Mestrado) - Curso de Engenharia Agronômica, Ciências Ambientais e Tecnológicas, Universidade Federal Rural do Semiárido (UFERSA), Mossoró- RN, 2015.
VERDEJO, M. E. Diagnóstico Rural Participativo. Um Guia Prático DRP. Secretaria da Agricultura Familiar – MDA. Brasília DF. Documento original elaborado pelo Centro Cultural Poveda. Cidade Nova, Santo Domingo, República Dominicana. Impresso no Brasil Gráfica da Ascar - EMATER-RS. 2006.