Cerca de 50 pessoas participaram da oficina de planejamento do IX Congresso Brasileiro de Agroecologia, realizada no dia 01 de agosto na Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA), em Belém (PA). A primeira indicação é que o evento seja realizado de 28 de setembro a 1º de outubro de 2015, em Belém, com um público de até 3.500 pessoas. Representantes da Universidade Federal do Pará, Embrapa Amazônia Oriental, Museu Paraense Emilio Goeldi (MCTI), Instituto Federal Campus Castanhal, MST, Federação de Estudantes de Agronomia (FEAG), CEPLAC, Universidade Federal Rural da Amazônia, estiveram presentes.
Informar e mobilizar pessoas e instituições envolvidas com agroecologia no estado, discutir a estrutura do Congresso e propostas do tema central e dos eixos temáticos, além de definir e compor as principais comissões da organização, foram alguns dos objetivos da reunião.Após a apresentação do contexto da candidatura da região Amazônia para sediar o evento, as organizações presentes foram divididas em grupos para discutir as respostas à uma carta consulta que foi enviada por e-mail aos associados da ABA. Em seguida algumas propostas foram apresentadas em plenária pelos participantes: realização de um pré-evento com os GT’S da ABA e visitas técnicas às experiências agroecológicas na Amazônia; ato, público, mística, exposição de fotos e vídeos, oficinas e trabalhos científicas no CBA; etc.
A ampliação do público participante no Congresso é um dos desafios apontados pela comissão organizadora. Criar estratégias de envolvimento com organizações locais da Amazônia durante a preparação do evento foi uma das estratégias propostas. E o maior protagonismo dos povos tradicionais e populações camponesas nas atividades é uma das preocupações nessa construção, de modo a viabilizar uma participação mais efetiva. Estudantes de ensino básico, maior participação de estudantes do ENGA, associações de moradores, sindicatos, movimentos sociais e jovens agricultores, além dos segmentos já citados, são alguns dos setores que compõem o público do CBA junto às instituições de ensino, pesquisa e extensão.
Em busca de sair um pouco do padrão convencional da estrutura acadêmica, a proposta do próximo CBA é ir além da apresentação de trabalhos científicos com uma estrutura mais lúdica e dinâmica. Espaço cultural/artístico permanente, cirandas para crianças, feira de saberes e sabores, troca de sementes e tendas temáticas são algumas das possibilidades pensadas nesse sentido. Para garantia dessa construção foram criadas comissões responsáveis para cada tema na realização do evento.
Além da oficina do dia 1º de agosto, as questões sobre o CBA foram tratadas no dia 4 de agosto na reunião presencial da diretoria da ABA e em uma reunião do Comitê Científico do evento, realizada na UFPA, em Belém, nos dias 20 e 21 de agosto, contando com a presença de Fábio Dal Soglio, que possui ampla experiência na realização de CBAs e à frente dos Cadernos de Agroecologia, que abriga os resumos expandidos submetidos e aprovados nos Congressos. Com os subsídios levantados nessas iniciativas, será definida no final de agosto o enunciado temático do IX CBA que enfatizará o caráter múltiplo das diversidades relacionadas à agroecologia nas diversas regiões do Brasil.
