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Nos dias 28, 29 e 30 de abril, o GT Ancestralidades da ABA – Agroecologia realiza o “Abril Indígena: um olhar para a Agroecologia”. A ABA vai transmitir a conversa pelo Youtube (GT de Mulheres da ABA). Para os inscritos que participarem de todo o programa, haverá emissão de certificado. Acesse: https://youtu.be/Xxij-X18ss8
O encontro é uma homenagem à coragem dos povos originários, traduzida em forma de lutas contra as violências aos corpos indígenas, sua cultura, suas tradições e todas as formas de vida que tornam sua existência plena de sentido.
É convite para mergulharmos nas cosmovisões e no pensamento indígena, que passou a ser visibilizado a partir da articulação desses povos na constituinte de 1988 e por todas as lutas que se sucederam com objetivo de por um fim à noite escura e colonial que chamamos de escravidão.
A conversa destaca três eixos principais: política, gênero e bem-viver.
No dia 28 de abril, participam da live “Bem-viver: a retomada” Tohõ Pataxó da Bahia, Kerexu Mirin de São Paulo e Rosa Tremembé do Maranhão. Lideranças em seus territórios, Tohõ é professor de patxôha – língua dos guerreiros Pataxós na escola indígena Pataxó Pé de Monte, na Bahia e membro de conscientização no ritual sagrado Heruê-Awê. Na luta pela preservação da cultura e fortalecimento do Nhandereko (modo de viver do povo Guarani Mbya) está Kerexu, professora e liderança na tekoa Krukutu da Terra Indígena Tenondé Porã. E para completar o trio, a ativista do povo Tremembé do Maranhão e Ceará e integrante da articulação da TEIA dos Povos e Comunidades Tradicionais do Maranhão, Rosa Eliana Torres (Rosa Tremembé), mestre em Cartografia Social e Política da Amazônia pela Universidade Estadual do Maranhão. O encontro terá a mediação de Leosmar Terena, membro do Coletivo Ambientalista Indígena de Ação para Natureza, Agroecologia e Sustentabilidade (CAIANAS), MS.
Com o tema “Política e direitos – um olhar para a ação indígena”, o programa segue no dia 29 de abril com a presença feminina das ativistas Walela Paiter Surui, de Rondônia, Erileyde Rodrigues, do Mato Grosso do Sul, e Arlete Guajajara, do Maranhão. Arlete é presidente da Associação Indígena Comunitária Mainumy e divide o espaço de diálogo com Erileyde, ativista na RAJ> Retomada Aty Jovem. A RAJ> é uma grande assembleia da juventude Guarani e kaiowá do MS. A terceira presença da live é Walelasoetxeige, do povo Paiter Surui. Ela é fundadora do movimento Juventude Indígena de Rondônia e trabalha no núcleo jurídico da Kanindé Brazil – Associação de Defesa Etnoambiental criada em 1992. Na mediação estará sua irmã, Walelasoepilemãn Cristovão Suruí, também fundadora no movimento jovem e graduada em psicologia.
Fechando o ciclo de conversas, no dia 30 de abril, com o tema “Gênero também é uma questão indígena”, estarão presentes as lideranças Pietra Dolamita, de Rondônia, e Edna Shanenawa, do Acre. Edna pertence ao povo shanenawa e ocupa a vice-coordenadoria da organização dos povos indígenas do Rio Envira, OPIRE. Com ela estará Kuwawa Kapukaya Apurinã (Pietra Dolamita), educadora, antropóloga e co-fundadora do Instituto Pupykary. Se junta à dupla o realizador audiovisual Marcelo Tingui de Alagoas. A mediação será de Vivian Motta, coordenadora do GT de Mulheres da ABA – Agroecologia.
O evento terá na abertura (28) a presença do jovem indígena Kunumi MC, cantor de rap e cânticos Guarani, soltando a voz em defesa do seu povo e usando a música para desconstruir o preconceito.
As inscrições estão encerradas mas você poderá acompanhar o evento pelas redes sociais da associação.
Acesse aqui os certificados.
Participe desse diálogo com as lideranças de várias regiões do país que comungam o sonho de justiça e liberdade e acreditam na ciência como fonte de transformação, elaborada na academia e em simetria com a vivência ancestral dos povos originários.
Confira a seguir o programa completo.