Se diversidade tem tudo a ver com agroecologia a programação cultural do IX CBA traduz em música, teatro e vídeo, um pouco desse espírito e valoriza, em especial, as manifestações culturais amazônicas. Chamado de “Tapiri”, palavra indígena que significa palhoça, o CBA oferece aquele abrigo diversificado e cheio de regionalismo para as mais de 3 mil pessoas que lotam o Hangar, em Belém, desde segunda-feira, 28.
O carimbó, ritmo que é a cara do Pará, abriu a programação.O grupo Filhos de Maiandeua iniciou e encerrou a primeira noite, intercalado pela a breve passagem do violeiro e militante gaúcho Pedro Munhoz, que mostrou um pouco de seus 30 anos de estrada e seu “Trovadorismo como um jeito de todo mundo dizer o que pensa”, comoele mesmo define, e ainda afirmou que sua música dialoga e denuncia sobre a realidade das riquezas naturais que estão sendo exploradas para o consumo e lucro.
O cansaço de um dia inteiro de congresso não desanimou o público, muitos deles, que tinham o primeiro contato com o carimbó, como a
professora do Instituto Federal de Sergipe (IFS), Eliana de Moura, que achou interessante a mistura e a diversidade do ritmo paraense. Já acostumada e fã dos ritmos locais, Marcela Vitonio, professora da Universidade Federal do Pará (UFPA) aprovou a programação. “Carimbó é sempre ótimo. O grupo Filhos de Maiandeua foi uma boa escolha para terminar o primeiro dia do congresso.”, afirmou.
Texto: Kélem Cabral e Rodrigo Bastos (estudante de jornalismo da Unama).