Oficinas autogestionadas enriquecem debate agroecológico

(Foto: Clever Sena)

A programação de oficinas do IX Congresso Brasileiro de Agroecologia foi construída em cima de propostas de organizações externas ao evento e a elas cabe a responsabilidade pela execução. Essa estratégia de autogestão busca trazer práticas alternativas e metodologias de outras regiões do país para enriquecer o debate.

“É um congresso brasileiro sendo realizado na região amazônica, mas não necessariamente o debate único é sobre a Amazônia. Então essas organizações que propuseram oficinas garantem mais esse espaço democrático para a participação de todas as regiões do Brasil”, explica o professor Luís Mauro, coordenador da Comissão Técnico-Científica do Congresso.

As oficinas iniciaram nesta terça-feira (29) e seguem até amanhã. Entre os vários temas abordados, o público pode acompanhar o debate

Dayane Trindade (Foto: Tatiane Monteiro)

sobre os agrotóxicos usados em sistemas agrícolas, o espaço das mulheres na produção sustentável, e ainda discutir sobre os aspectos socioculturais, econômicos e educacionais da agroeocologia.

“A maioria das oficinas trabalham de maneira participativa a construção do conhecimento agroecológico”, afirma Luís Mauro. Segundo ele,
as 22 oficinas são um convite a quem vem de fora da região amazônica para contribuir com as três pautas trabalhadas no congresso: denúncia, resistência e proposição.

Para a estudante de engenharia florestal Dayane Trindade, a oportunidade de conhecer as técnicas sustentáveis por meio das oficinas é uma forma significativa de unir a teoria à prática. “As oficinas nos ajudam a aproximar o que estudamos nos livros e artigos da realidade das pessoas que vivenciam essas experiências”, garante.

Texto: Julia Klautau Guimarães – estudante de jornalismo da Universidade da Amazônia (Unama) e Vinicius Braga (MTb 12.416/RS)