Primeiro dia do II SNEA contará com o lançamento de livros

lancamento-livros-sneaO primeiro dia do II Seminário Nacional de Educação em Agroecologia, 25 de outubro, vai contar com o lançamento de livros, que vai acontecer a partir das 18h no Clube Social que fica no Km 47, Ecologia – Seropédica.

As informações sobre os livros podem ser encontradas abaixo.

Manual do Solo Vivo – solo sadio, planta sadia, ser humano sadio
Autora: Ana Primavesi

Editora Expressão Popular

Um livro primordial que ensina a base de todo conhecimento para se lidar com a terra e para gerar mais vida. A consagrada pesquisadora e engenheira agrônoma explica, de maneira didática, as peculiaridades do solo tropical e suas diferenças de manejo com o solo temperado. A cor, o cheiro, a ação do vento, a colocação e ação da matéria orgânica, o exame das raízes, a adubação verde e o plantio direto são alguns dos diversos assuntos tratados por Ana Primavesi.
Manual do solo apresenta o solo composto de vida transbordante. E é a partir dessa premissa que a autora desvenda o mistério da vida: um solo vivo consegue mobilizar os nutrientes que uma planta necessita e que serão utilizados pelo ser humano, ao contrário do solo doente que gera plantas doentes e suscetíveis à ação de insetos e agentes causadores de doenças. Com isto, a autora comprova que os agrotóxicos prejudicam a natureza e o ser humano, ao mesmo tempo em que não curam a planta doente.

Ana Primavesi – Histórias de vida e agroecologia
Autora: Virginia Mendonça Knabben
Editor: Expressão Popular

Ana Maria Baronesa Primavesi nasceu em 3 de outubro de 1920, no castelo Pichlhofen, distrito de St Georgen ob Judenburg, no estado da Estíria, Áustria, como primeira filha do Barão Sigmund Conrad e sua esposa Clara.
Doutorou-se em Cultura de Solos e Nutrição Vegetal. Durante o período em que esteve na universidade, foi mandada para Lodz, Polônia, para ajudar na transferência de refugiados judeus durante a guerra e em Metz, Lorena, trabalhou numa fábrica – estas foram imposições do governo nazista aos estudantes. De 1943 até o fim da guerra, trabalhou no Conselho de Pesquisa da Universidade com pesquisas sobre ar frio. Foi presa como ato de segurança dos ingleses e trabalhou nessa época como intérprete e tipista na FSS (Serviço Secreto dos Ingleses), em um campo de concentração em Wolfsberg.
Quando foi solta, disseram-lhe que aquilo fora um engano. Em 1946 casou-se com o fazendeiro, diplomata e também doutor Artur Barão Primavesi, e em 1948 vieram para o Brasil onde continuaram suas pesquisas. Lecionaram na Universidade de Santa Maria, no Rio Grande do Sul, instituição na qual Artur fundou o Instituto de Solos e Culturas e criou o primeiro curso de pós graduação (Produtividade e Conservação do Solo); também trouxe para a cidade o Segundo Congresso de Biologia de Solos da América Latina patrocinado pela UNESCO.

Manejo ecológico de pragas e doenças
Autora: Ana Primavesi
Editora Expressão Popular

Nesta obra de referência na ciência agronômica, a autora de renome internacional cita várias “pragas” e doenças e busca corrigir as causas, ao contrário de receitar venenos que somente atuam nas consequências. Ana Primavesi apresenta uma coletânea de métodos de combate biológico, bem com os melhores métodos de manejo, e ensina como evitar a manutenção do problema.
Da capacidade de se observar a natureza, de entender e interpretar as inter-relações solo-micro-vida-planta-clima, os ecossistemas, as sucessões, os ciclos vitais e os equilíbrios dinâmicos que representam, a agroecologia desponta como única alternativa para a manutenção da vida dos solos e, portanto, da vida de todos os seres contra a devastação provocada pelo uso intensivo de agrotóxicos.

A Convenção dos ventos – agroecologia em contos
Autora: Ana Primavesi
Editora Expressão Popular

Uma leitura agradável e instrutiva. Um olhar sensível sobre a vida e a natureza.
Por meio destes contos, a renomada Profa. e Dra. Ana Primavesi nos conduz a uma iniciação agroecológica que toca nosso coração e ainda nos faz refletir sobre as ações humanas sobre o ambiente, tendo como foco a agricultura.
Com criatividade e imaginação descreve a função de elementos essenciais para as plantas, sua atividade nestas e no solo. Com autoridade discorre sobre o ar, a água e a vida no solo. Ressalta a interação entre os organismos e o ambiente, sempre combinando poesia e ciência.
É a ciência em forma de prosa. Com a capacidade cognitiva particular de pessoas especiais como ela o é, e, alinhando conhecimento profundo com criatividade espetacular, concebe as fábulas agroecológicas.

De onde vem nossa comida?
Autores: Maria Cristina Vargas, Nívia Regina da Silva, Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra (orgs.)
Editora Expressão Popular

Esse caderninho, lançado pelo Movimento dos Trabalhadores Sem-Terra durante a 1ª Feira Nacional da Reforma Agrária de 2015, chega a sua 2ª edição em março de 2016. Ele serve de material de trabalho junto aos jovens no sentido de conhecermos um pouco sobre a produção das plantas, a domesticação dos animais, as mudanças que ocorrem na agricultura e que impactos trouxeram sobre a vida.
Como começamos a cultivar os alimentos? Como começou a agricultura? De onde ela veio? Esperamos, com esse caderninho, compreender melhor a importância da produção de alimentos saudáveis e da agroecologia.

Memória biocultural – a importância ecológica das sabedorias tradicionais
Autor: Víctor M. Toledo e Narciso Barrera-Bassols
Editora Expressão Popular

Baseados na síntese de pesquisas realizadas em diferentes campos disciplinares e em várias regiões do planeta, Víctor Toledo e Narciso Barrera-Bassols apresentam evidências inequívocas de que a reconexão entre a agricultura e a natureza só será possível por meio de dinâmicas coevolutivas fundadas no que eles definem como o axioma biocultural, que pressupõe a diversidade biológica e a diversidade cultural como construções mutuamente dependentes
enraizadas em contextos geográficos definidos.
Esses princípios inscritos nas memórias bioculturais são vetores que impulsionam as trajetórias da inovação camponesa. Essa é a razão pela qual os autores ressaltam a importância das sabedorias tradicionais como elos entre o passado, o presente e o futuro da Humanidade. Defender as memórias e cultivar as sabedorias são tarefas urgentes que cobram um enfoque científico pautado por uma epistemologia fundada no diálogo de saberes: a Agroecologia.

 

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