Chegou ao fim a primeira jornada do Projeto “Sistematização de experiências, construção, socialização de conhecimentos e práticas relacionados à Agroecologia – o protagonismo dos Núcleos e Rede de Núcleos de Estudo em Agroecologia (NEA e R-NEAS) das universidades públicas brasileiras”.
Realizado de 2015 a 2017, em parceria com a Associação Brasileira de Agroecologia (ABA-agroecologia) e apoiado pelo CNPq, o MDA – Ministério do Desenvolvimento Agrário (agora SEAD – A Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário) e com a participação do MAPA – Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, MCTI – Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações e MEC – Ministério da Educação, a equipe do Projeto percorreu de norte ao sul do país para conhecer as experiências de quem, de dentro e fora das universidades, institutos federais e centros de pesquisa e extensão, vem construindo a agroecologia enquanto movimento, ciência e prática.
O Núcleo de Agroecologia é uma inovação das instituições brasileiras de ensino e pesquisa. A proposta de incentivo à criação de Núcleos se deu a partir da Comissão Interministerial de Educação em Agroecologia, que funcionou de 2003 a 2010, através dos Fóruns de Educação em Agroecologia e Sistemas Orgânicos de Produção. A proposta, entretanto, tem uma ancoragem histórica nos grupos de agricultura alternativa (posteriormente de agroecologia) que se organizam nas universidades brasileiras desde a década de 1980; nos pressupostos teóricos de Paulo Freire e na busca da indissociabilidade entre ensino pesquisa e extensão.
De 2010 a 2017, o governo federal lançou oito chamadas públicas que apoiaram 380 projetos, de aproximadamente 150 NEAs. O Projeto de Sistematização analisou de forma participativa as práticas dos Núcleos e para isso realizou aproximadamente 50 atividades, 730 horas presenciais de formação, envolvendo diretamente mais de 2700 pessoas e aproximadamente 90 NEAs e R-NEAs. A sistematização apontou muitas lições que podem nos apoiar no enraizamento da Agroecologia. Os NEAs acolhem diversidades e fortalecem resistências na construção de processos educativos participativos e sintonizados aos desafios dos agricultores (as) familiares e urbanos, consumidores(as), povos e comunidades tradicionais e realizam pesquisa, ensino e extensão de forma indissociável e transdisciplinar.
Com poucos recursos, os NEAs possibilitaram avanços institucionais importantes a partir do engajamento na construção da agroecologia de 437 professores, 449 estudantes, 787 bolsistas e vários técnicos. Até então, os NEAs elaboraram 1.049 publicações acadêmicas, sendo 388 artigos publicados em periódicos científicos, promoveram 1.460 eventos, 312 cursos com 8.495 horas de duração, atingiram 25.530 educandos e cerca de 61 mil pessoas. Identificou-se 430 organizações sociais ou grupos parceiros dos NEAs e 70 Redes de Articulação. As ações dos NEAs são conectadas com várias políticas públicas, em especial àquelas de fortalecimento da agricultura familiar e dos povos e comunidades tradicionais. Diante dos impactos e da abrangência das ações, a ABA-agroecologia indica a importância e a necessidade de continuidade e ampliação das Chamadas Públicas de apoio aos NEAs para o fortalecimento da agroecologia.
Assista o vídeo e conheça um pouco mais dessa história.
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Assista também no YouTube: https://youtu.be/5bxtzL9pZU0
Ficha técnica:
– Câmera e edição: Rodrigo Avelar
– Roteiro: Rodrigo Avelar e Natália Almeida
– Narração: Aline Cantia
– Trilha: Nathan Itaborahy
– Animações: Tomás Gobbo
– Ilustrações: Muriel Duarte
– Projeto gráfico: Bernardo Vás e Alberto Saulo
– Imagens: Rodrigo Avelar, Eduardo di Napoli, Paquê Viola, Camila Teixeira, Carlos Valério, João Sabbah
Realização: ABA
Coordenação: UFV, Embrapa, UFRPE
Parceiros: Mídia Crioula, todos os NEAs e RNEAs do Brasil e organizações do movimento social e agroecológico do Brasil.
Financiamento: MDA, SEAD, CNPq
CNPq 401840 (2015-2017)
Blog: aba-agroecologia.org.br/contandohistorias
facebook.com/sistematizacaodeexperiencias