Vía Campesina afirma a luta contra o modelo adotado para o campo durante o IX CBA

(Foto: Comunicação Vía Campesina)

Soberania Popular da Amazônia é que vem afirmar os 400 camponeses e camponesas da Vía Campesina em Belém do Pará durante o IX do Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA) que ocorre no Hangar, Centro de Conversões de Belém durante os 28/09 a 01/10.

Os camponeses e camponesas estão acampados na UFRA (Universidade Federal Rural da Amazônia) desde domingo (28/09) para participar do evento e trazem seus produtos agroecológicos para feira de saberes e sabores além disso, farão relatos de suas próprias experiências no campo.


Para a Vía Campesina mostrar as resistências contra o modelo imposto na agricultura brasileira, será a afirmação permanente durante o CBA, na luta por autonomia dos camponeses e camponesas na Amazônia Brasileira.

A organização também estará com atividades no seu acampamento, onde ocorrerá debates com análise da conjuntura política sobre o modelo hegemônico imposto para o campo, como também haverá espaços para o fortalecimento da participação das mulheres, jovens e crianças.

O Protagonismo juvenil

São jovens campesinos, são filhos e filhas de trabalhadoras que residem em acampamentos e assentamentos da Amazônia que prometem várias intervenções e animação em defesa da soberania alimentar e agroecológica durante o Congresso de Agroecologia.
“Será uma oportunidade de vivenciarmos com outras pessoas o que queremos e acreditamos para campo, através das místicas, palavras de ordem e muita alegria” afirma Fábio Silva, jovem acampado do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra do Pará.
Além da análise de conjuntura, houve no primeiro dia no acampamento uma roda de conversa sobre a Constituinte com a participação dos jovens.

(Foto: Comunicação Vía Campesina)

Desafios da Vía Campesina 

Durante estes dias do CBA, os movimentos ligados a Vía Campesina, debaterão seus desafios na região, dentre os objetivos de fortalecer as lutas sociais e denunciar as mazelas na Amazônia que destrói modos de vida, derruba a floresta, viola direitos humanos e a dignidade dos povos da região.

A Vía Campesina destacará a participação destes protagonistas, afirmando que a sociedade precisa refletir e debater temas como agronegócio versus agricultura familiar, os transgênicos versus agroecologia, agrotóxicos versus saúde do povo, violência no campo versus reforma agrária, como também feminismo, juventude e a agroecologia e demais temas que serão abordados com pesquisadore/as, estudantes, indígenas, militantes sociais, etc.

Viviane Brigida / Vía Campesina