O Agroecologia em Rede (AeR) é um rico sistema de informações sobre iniciativas em agroecologia desenvolvido em código livre pela cooperativa EITA no início dos anos 2000. De lá para cá diversas mudanças no sistema, mas seguindo com os mesmos princípios. Na reconstrução do novo AeR, mais um processo de escuta está aberto fazendo o que a Agroecologia gosta e conhece bem: contar causos!
Para participar sugerimos 3 passos bem simples:
- Ler as histórias apresentadas abaixo e nos comentários que estão aqui.
- Pense em algo que acha importante que o novo Agroecologia em Rede deva possibilitar.
- Crie um personagem e faça um relato usando a sessão de comentários aqui.
1. Jornalista consulta mapa para obter dados e contatos
Kevin fará uma matéria sobre agroecologia para um jornal online. O foco devem as experiências na região do Sul de Minas. Kevin entra no site, e digita “Sul de Minas” no filtro de localização. Um painel de de indicadores aparece na tela, informando: o número de experiências na região, as categorias presentes (agrofloresta, feiras, NEAs) os municípios onde há mais experiências, os produtos produzidos, etc). Além das informações gerais, Kevin também gostaria de entrevistar uma experiência. Assim, ele navega pelo mapa até a experiência mais próxima da sede do jornal. Lá encontra o contato do Sítio Libertas, em Santa Rita de Caldas, e combina uma visita para fazer a entrevista.
2. Técnico de ONG mapeia experiências para sistematização do projeto
Ana dos Santos trabalha na ONG Vida Feliz, que executa projetos de agroecologia. Em todos os projetos, há sempre um grande trabalho na hora da prestação de contas: além de juntar as notas fiscais, é preciso relatar as visitas aos agricultores incluindo detalhes sobre a produção, renda, alimentação etc. Ao iniciar um novo projeto, Ana opta pelo serviço de apoio a projetos do Agroecologia em Rede. Após a contratação online, a equipe do AeR cria o novo projeto, onde Ana é administradora. Ao entrar no subsite do projeto, ela começa a organizar as fichas: cadastro dos agricultores/as, cadastro das propriedades, cadastros dos mercados, etc. O trabalho é facilitado, pois ela pode utilizar modelos prontos de outros projetos. Todos os campos do cadastro são privados, isto é, não ficam públicos no AeR. Porém, alguns campos podem ser marcados como públicos para consulta no site. Durante o projeto, Ana vai relatando as atividades de mutirão em cada propriedade, bem como as experiências de comercialização e produção de insumos. Ao final do projeto, Ana seleciona as experiências e gera o relato consolidado, selecionando os itens de cada experiência que devem constar no relatório.
3. Órgão de fomento consulta AeR para elaboração de edital
Marcos Dias Gomes é diretor-executivo do Banco da Agroecologia, instituição financeira do governo federal criada para fomentar a agroecologia no Brasil. Marcos deseja abrir um novo edital de fomento à redes de agroecologia. Como este será o 12o edital deste tipo, é necessário criar alguns critérios para escolha das redes a serem apoiadas no novo edital. Marcos abre o painel de dados sobre a redes de agroecologia e descobre que: (a) As redes da região sul beneficiam, em média, mais famílias do que as redes da região Nordeste; (b) A região centro-oeste tem o menor número de famílias beneficiadas; (c) Nenhuma rede atua nos estados do Maranão nem do Acre; (d) O recurso dos editais anteriores aplicados em redes que possuiam entre 5 e 9 anos de existência na época do fomento resultaram nos maiores retornos. A partir destas informações, Marcos elaborou o edital com foco em corrigir as distorções observadas, bem buscando maximizar o retorno social do dinheiro investido.
Texto retirado de: eita.coop.br/artigos/casos-aer/