Agroecologia e promoção de saúde por meio das Práticas Integrativas e Complementares (PICs) têm tudo a ver. As práticas integrativas englobam um conjunto de terapias que reforçam a ancestralidade dos povos tradicionais e a defesa do meio ambiente. Exemplo disso é o uso de plantas medicinais para prevenir e tratar enfermidades pela fitoterapia. Partindo desses saberes que dialogam, estão abertas as inscrições para que terapeutas se voluntariem para atuar durante o XI Congresso Brasileiro de Agroecologia (CBA), que acontece de 4 a 7 de novembro de 2019, na Universidade Federal de Sergipe (UFS) – Campus São Cristóvão.
Os atendimentos acontecerão no Espaço de Cuidados ‘Dona Chica’, que estará equipado com maca, cadeiras, álcool e papel toalha, entre outros materiais, de modo que as/os terapeutas possam acolher mulheres e homens de todas as idades. A proposta é fortalecer técnicas como reiki, fitoterapia, medicina chinesa, massagem, entre outras. Também serão ofertadas rodas de conversa e vivência para partilhar saberes sobre a saúde da mulher, ancestralidade, espiritualidade e alimentação.
As/os terapeutas que desejarem se inscrever, devem baixar o formulário disponível aqui, preencher e enviar para o e-mail todossomosum@hotmail.com, com o assunto “FICHA TERAPEUTA CBA”.
Dona Chica
O Espaço de Cuidados ‘Dona Chica’ é uma homenagem a Francisca Pereira da Silva, maranhense que reside há muitos anos em Cristinápolis/SE, realizando trabalhos como parteira e rezadeira. Desde 1969, quando trouxe a primeira criança nos braços, já foram realizados 669 partos.
Chica aprofundou conhecimentos por meio dos cursos de extensão na área de saúde popular, como DST, AIDS, Pré-parto, parto e fitoterapia. “A saúde popular é a única que conheço e a que usei até hoje na minha vida inteira. Ainda continuo cuidando das ervas, cuidando de crianças, senhoras, adultos, doentes, animais e de tudo o que necessita de meus cuidados populares para o benefício do seu bem-estar”, afirma.
Além de mestre da cultura e da saúde popular sergipana, Dona Chica também é símbolo de resistência e de ancestralidade. Mulher negra, de origem humilde e dona de um terreiro de matriz africana, ela afirma que foi a sabedoria da natureza que lhe ensinou a conquistar a vida.