.: Revista Brasileira de Agroecologia v.13 n.5 (2018) :.

A Revista Brasileira de Agroecologia publica seu v. 13 n.5 (2018): Edição de Dezembro 2018, trazendo seis artigos inéditos e dois resumos de dissertações e teses. De publicação trimestral e segue políticas de acesso livre e gratuito, pois acredita que o intercâmbio de conhecimento fortalece a construção da Agroecologia e áreas afins.

Para acessar o conteúdo da RBA na íntegra acesse:

http://revistas.aba-agroecologia.org.br/index.php/rbagroecologia

Editorial Edição dezembro 2018

Há três anos, quando o atual Colegiado de Editores da Revista Brasileira de Agroecologia (RBA) assumiu o desafio em solicitação da Presidência da Associação Brasileira de Agroecologia-ABA, de conduzir o processo editorial da revista, tivemos (e continuamos a ter) nosso norte orientado por dois pontos fundamentais: a) manter a periodicidade nas publicações da RBA, que foi ampliada para quatro números ao ano, assim como, ao mesmo tempo, dar celeridade nas submissões/avaliações; e b) buscar qualificação crescente da RBA frente à comunidade científica.

O primeiro foi vencido. Nos últimos três anos, a RBA publicou quatro números a cada ano, rigorosamente sem atraso. Fruto da estrutura colegiada de funções editoriais. Tivemos avanços na celeridade do processo. Nossa meta era, após regularizar muitos passivos, ter a publicação dos manuscritos dentro de um ano e a rejeição na submissão por formato ou escopo dentro de um a dois meses. Mensalmente, temos zerado a caixa de entrada de modo a encaminhar os artigos para avaliação. O tempo de tramitação/publicação, portanto, foi acelerado. A média deste último número publicado foi de sete meses entre a submissão e a publicação de um artigo. Esse é um fato importante na qualificação da RBA e da sua eventual escolha pelos autores.

Para o objetivo de qualificação da revista, avanços importantes foram conseguidos. Primeiro, se buscou a profissionalização na revisão de línguas e na mudança de layout. Temos conseguido gerir o custo com recursos de projeto, mas como já deliberado em assembleia da ABA e mencionando em outro editorial, é um custo que será repassado aos autores a partir de 2019.

A qualificação, por outro lado, foi buscada visando o reconhecimento da RBA como periódico científico que visa contribuir e legitimar a organização do conhecimento científico no campo da agroecologia.

A qualificação dos periódicos no Brasil, concordemos ou não, é balizada pela avaliação dos cursos de pós, como é sabido, coordenada pela CAPES, que utiliza o indicador Qualis, publicado por seu respectivo comitê de área. Neste particular, estamos sendo avaliados por 20 áreas do conhecimento, das quais em três estamos no estrato B2. No entanto, cabe mencionar que a avaliação do Qualis Capes está sem atualização desde 2016, acabando por tomar o ano de 2015 como referência, ano em que a RBA foi descontinuada e que por certo se refletiu em seu atual Qualis-CAPES.

No campo internacional, os quatro principais indicadores de qualidade atualmente são o JCR, o SJR, o SNIP e o Google Scholar, mediante cálculos de fatores de impacto. A RBA já está nas bases do Google Scholar há aproximadamente um ano, seu H5-Index é 9 e o H5-median é 11. Os demais indicadores dependem da indexação em algumas bases internacionais, que por sua vez, dependem do DOI (Digital Object Identifier), identificador padrão de documentos para uso em rede de computadores. Sendo assim, a partir de 2019, a RBA contará com o seu número DOI para cada documento publicado, o que facilitará o acesso e a visibilidade, bem como permitirá a indexação da revista em diversas bases internacionais. Contudo, algumas são gratuitas e outras são pagas, como é o caso para a obtenção de JCR.

Frisamos que a qualificação de um periódico é uma sucessão de eventos, não um salto. Porém, um fato que nos incomoda é que boa parte dos renomados agroecólogos brasileiros não buscam a RBA para publicar suas pesquisas ou seus ensaios. Corriqueiramente, temos visto bons artigos, muitos de associados da ABA, sendo publicados em revistas de outros países ou em outras revistas brasileiras simpáticas à temática agroecológica. Cabe à RBA e à ABA refletir sobre o resgate desses qualificados autores precursores da Agroecologia brasileira, mas que preferem outras revistas. Em grande medida, relacionamos isso ao baixo Qualis-Capes e a não indexação às bases científicas, além da inexistência de fator de impacto para a revista, uma vez que quem publica é cobrado pela qualificação do periódico. Então, esse é um dever de casa da RBA e da ABA, tanto de sensibilizar para se publiquem “bons” artigos na RBA, quanto buscar avanços nos indicadores de qualificação.

Destarte, estamos seguros que estamos dando passos na qualificação da RBA, a exemplo da regularidade, celeridade, qualificação dos manuscritos, indexação às bases possíveis, como o Google Scholar, e agora na obtenção do DOI. Entretanto, há um estimulante desafio à nossa frente e dependemos, também, do auxílio daqueles simpáticos à Agroecologia de buscarem a revista para publicar suas pesquisas qualificadas, especialmente aquelas oriundas do sistema de pós-graduação e dos programas de fomento à Agroecologia, como é a política de Núcleos de Estudos em Agricultura Orgânica e Agroecologia (NEAS).

Colegiado de Editores

Decio Cotrim,  Eduardo de Sá Mendonça, Joel Donazzolo, Pedro Boff

Prefácio Revista Brasileira de Agroecologia v. 13 n.5 (2018), publicado em:

http://revistas.aba-agroecologia.org.br/index.php/rbagroecologia/article/view/22893/13556

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