Assumir que “Sem feminismo não há agroecologia” implica evidenciar conflitos e incorporar discussões delicadas, tais como a divisão sexual do trabalho e a violência sofrida pelas mulheres nos processos de expansão do agronegócio. Estas foram algumas das provocações trazidas por Laetitia Jalil, do Grupo de Trabalho em Gênero da ABA durante a Roda de Conversa Feminismo e Agroecologia: mulheres construindo soberania alimentar e bem viver, que aconteceu na manhã de terça-feira (29) durante o CBA.
Para Laetitia, também é necessário desconstruir noções correntes associadas ao feminino, tais como a aptidão das mulheres ao cuidado com a natureza e as sementes: “Isto não é algo natural, mas faz parte de um processo de construção de conhecimento que segue uma racionalidade e precisa ser visibilizado”. Na mesa também estiveram representados o Movimento das Mulheres Camponesas e o Movimento das Mulheres do Nordeste Paraense.
Texto e foto: Carú Dionísio – Jornalista – Cepagro (Centro de Estudos e Promoção da Agricultura de Grupo)