“Até quando vamos ter que seguir demonstrando que venenos são venenos?”. Depois de apresentar estudos que demonstram uma maior incidência de doenças como câncer e mal de Parkinson em comunidades expostas a agrotóxicos, o professor da Faculdade de Medicina da Universidad Nacional de Rosário (Argentina) Damián Verzenassi desconstruiu a ideia de que possa existir um uso “seguro” de agrotóxicos. Membro da Unión de los Científicos Comprometidos com La Sociedad y La Naturaleza de América Latina, ele também chamou a atenção para o caráter político do trabalho científico, que muitas vezes dá suporte ao uso de biocidas.
Os questionamentos de Damián integraram a mesa O Debate dos Agrotóxicos no Brasil: Avanços e Retrocessos, que encheu a Sala Taperebá no terceiro dia do CBA. Também participaram no debate membros de Fóruns de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos e a representante da Via Campesina/MST e Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e pela Vida, Nívia Regina.
Texto e foto: Carú Dionísio – jornalista do Cepagro